O problema da escola não são os telemóveis
Nos últimos tempos, a discussão sobre a presença de telemóveis nas escolas — sobretudo no 1.º ciclo — tem ocupado o espaço mediático e, na semana passada ficamos a conhecer a intenção do XXV governo constitucional em proibir os telemóveis na escola até ao 6.º ano. No entanto, este foco desvia-nos de questões muito mais profundas e estruturais. Os verdadeiros problemas da escola são outros: a fragilidade da parentalidade, a desautorização do professor, o populismo pedagógico e a ausência de políticas educativas sustentadas.
Comecemos pela parentalidade. O uso de ecrãs como forma de entretenimento passivo tem vindo a substituir o tempo de qualidade entre pais e filhos. A UNESCO, no seu relatório de 2023, alerta para os impactos negativos da exposição precoce e desregulada à tecnologia, nomeadamente em termos de desenvolvimento cognitivo e socio emocional. Quando o ecrã substitui a interação humana, perdemos a oportunidade de formar crianças com empatia, resiliência e autorregulação.1
Ao mesmo tempo, há uma pedagogia implícita — muitas vezes promovida pelos........





















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