Lavrar chão com precisão e identidade
Estamos perante desafios alimentares que terão de ser planeados no imediato para fomentar uma maior competitividade, eficiência e de modo sustentável. Mas como colocar tudo isso na mesma balança e sermos um território ou um país competitivo economicamente no setor agrícola e pecuário? Temos de pensar, enquanto cidadãos, o que pode o poder local, regional e nacional fazer pela agricultura e exigir medidas de continuidade que nos garantam um futuro sustentável.
Falamos nos últimos dois anos de identidade alimentar na Área Metropolitana do Porto, dando voz aos 13 municípios que apresentaram os seus principais produtos e aos quais se querem focar, melhorar e inovar. Ter um território identitário começa pelos produtos e serviços que dispomos e que vão perpetuar sabores, cheiros e memórias.
São vários os obstáculos que encontramos constantemente na implementação de medidas a médio e longo prazo na agricultura, pois o nível de risco é tanto maior consoante a estratégia inovadora que for desenhada para o território, seja ele local, regional ou nacional. Mas é preciso pensar que agricultura queremos e como podemos compensar o défice nos cereais com as hortofrutícolas, o azeite, o vinho, os produtos de qualidade, silagem e forragens de pastagens permanentes para alimentação do setor pecuário.
Sem dados consolidados de 2024, socorro-me de 2023, ano em que Portugal foi o país da União Europeia que mais aumentou o volume da produção agrícola, com 12,22 mil milhões de euros produzidos, um aumento de 14% face ao ano anterior. No entanto, entre os triénios de 2005-2007 e 2021-2023, o rendimento da atividade agrícola em Portugal evoluiu de forma menos favorável do........
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