“O Mundo está perigoso”: pela democracia liberal
1 Tenho recordado nestes últimos dias uma frase recorrente do meu saudoso colega (no ICS-UL) e amigo Vasco Pulido Valente: “O Mundo está perigoso”. Creio que, nessa altura, divergimos sobre o tema (cito de memória). Eu defendia as transições à democracia na Europa Central e de Leste, iniciadas pelo Solidarnosc de Lech Walesa na Polónia dos anos 1980 e depois com a queda do Muro de Berlim em 1989. Vasco receava, também com boas razões, que essas transições pudessem desestabilizar o equilíbrio entre o Ocidente liberal e a Rússia comunista, podendo vir a gerar grande instabilidade mundial.
Receio ter de subscrever hoje a tese de Vasco Pulido Valente: “o Mundo está perigoso”. Os motivos poderão ser de certa forma simétricos aos que (eu creio que) ele referia. Nos dias que correm, a democracia liberal e o Ocidente estão sob enfática ameaça.
2 Estas recordações foram-me reavivadas pela leitura da crónica semanal do (também meu amigo) Charles Moore na Spectator – a........
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