A Pasokisação do PS
Quando o PASOK grego desmoronou de 43,92% em 2009 para uns meros 4,68% em 2015, o mundo político observou atónito aquilo que parecia impossível, a implosão de um partido histórico da social-democracia europeia. O termo “pasokização” entrou no léxico político como uma advertência sombria sobre o destino que aguarda forças políticas que perdem a bússola ideológica e a confiança do eleitorado. Hoje, observando o Partido Socialista português, a pergunta impõe-se com crescente urgência, estaremos perante os sintomas iniciais da mesma doença degenerativa?
No epicentro desta crise jaz um problema basilar, a inexistência de liderança. O PS debate-se com figuras insípidas, incapazes de incarnar o carisma e a visão necessários para resgatar o partido do abismo. Luís Carneiro representa o paradigma desta mediocridade, um líder fraco que não consegue impor autoridade nem internamente, nem perante o eleitorado. Pedro Nuno Santos, outrora apontado como a grande esperança, revelou-se um flop retumbante, incapaz de cumprir as expectativas depositadas nele. O partido encontra-se espartilhado entre facções extremadas e moderadas num ponto de não retorno, sem que surja no horizonte um líder forte e carismático capaz de reconciliar estas tendências irreconciliáveis e reposicionar o PS no lugar que julga merecer.
A recente divisão em torno do apoio a António José Seguro constitui um sintoma revelador desta........





















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