O pior é o mundo lá fora
“Era em circunstâncias idênticas” – escrevia Eça de Queirós nas Cartas de Inglaterra – que Granville, “olhando…para todos os lados do horizonte político e social e não vendo senão presságios negros de revolta, guerra, crises e perigos para a pátria, dizia, banhado em júbilo, quase em êxtase: – Meu Deus! Que deliciosas noites se vão passar no Club”.
Hoje, as circunstâncias voltaram a ser idênticas. Ainda que o mundo lá fora não esteja para júbilos e um rol de desgraças se abata sobre “o sistema”, vamos certamente poder continuar a contar com “deliciosas noites” nos nossos “clubes de jornalistas” de referência.
Que dizer das eleições parlamentares na República Checa, de 3 e 4 de Outubro, ganhas pelo ANO, um partido de “extrema-direita” com um programa de realismo em política externa, de baixa de impostos, aumento de pensões, controle de imigração e poucas ou nenhumas preocupações verdes? É que o partido dos “cidadãos descontentes”, com 35% do voto popular e 80 deputados eleitos, não deve ter grande dificuldade em fazer governo com o apoio de mais dois partidos de uma direita ainda mais extrema – o Partido da Liberdade e Democracia Directa e o chamado Partido dos Motoristas.
E das eleições para a liderança do partido da direita que está no governo no Japão, no passado Sábado? Quem as ganhou foi Sanae Takaichi, uma “hard-line conservative”, segundo o New York Times, que assim se torna a primeira mulher indigitada para chefe do Executivo no Japão.
Em França a crise da tripolarização continua, sob a agitada regência de Macron, em permanente gesticulação internacional e marcial para abafar a cacofonia doméstica. O desfile dos candidatos a primeiro-ministro prossegue. Agora foi a vez de Sébastien Lecornu, o primeiro-ministro que permaneceu 27 dias no cargo, renunciar,........





















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