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Pré-escolar em Portugal: uma conta que não fecha

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Nas últimas semanas, o Parlamento voltou a discutir o acesso à educação pré-escolar pública. As famigeradas “listas do pré-escolar” voltaram à ordem do dia, para uma discussão muito questionável. Ficou a faltar a discussão essencial: o problema crónico da falta de vagas; a desarticulação do calendário escolar com a vida real das famílias e, sobretudo, da incoerência entre discurso político e a prática governativa.

É urgente olhar com seriedade para o ensino pré-escolar em Portugal. E não apenas como um mero espaço de “guarda de crianças”, mas como uma etapa fundamental do desenvolvimento humano — algo que os próprios decisores políticos parecem reconhecer… apenas no papel.

Comecemos pelo calendário. A esmagadora maioria dos trabalhadores portugueses tem direito a 22 dias úteis de férias por ano. Já as escolas públicas com valência de pré-escolar encerram em inúmeros períodos: nos dias de tolerância de ponto da........

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