Perdemos a capacidade de assombro
De tempos a tempos, reacendem-se debates apaixonados sobre os direitos humanos. Falamos de direitos laborais, civis e existenciais. Reivindicam-se novas garantias, discutem-se velhas injustiças, propõem-se reformas. Todavia, o que tem faltado, e muito são os debates sobre os deveres, os nossos deveres, laborais, civis e existenciais. Estamos em modo automático a sobreviver adaptando-nos ao que nos envolve. Há muita discussão e muito pouca concretização. Neste ruído constante o que parece faltar cada vez mais é a capacidade de assombro — esse impulso humano de se indignar, de se comover, de reagir.
A história da Humanidade é feita de lutas por direitos. Uns foram........
© Observador
