A ver flotilhas
Gaza suscita as mais destravadas reacções por esse mundo fora. Actores a representar o papel de activistas (o síndroma Barbarella, ou mais precisamente a tendência para reproduzir a idiotice de Jane Fonda perorando no Vietnam comunista contra as atrocidades americanas, é recorrente na classe), cantores a quererem ter voz, gente em busca de ficar bem no cliché do momento… todos se dizem por Gaza, sendo que o seu entendimento de ser por Gaza se traduz unica e exclusivamente em ser contra Israel. Infelizmente nenhuma destas almas pensa ir a Gaza, tal como Jane Fonda nos idos de 70 também não ficou em Hanoi mais que duas semanas.
Mas mesmo dando o devido desconto à ignorância e falta de senso desta gente (ignorância e falta de senso que só têm paralelo na sua megalomania), nada se assemelha ao extraordinário caso da nossa deputada Mariana Mortágua, que desde o final de Agosto está integrada numa flotilha que se auto-denomina humanitária, o que não quer dizer quer o seja. O caso de Mariana Mortágua merece estudo porque estamos provavelmente a assistir ao abandono de um partido por quem o dirige. Mas vamos para já à flotilha.
Todos os dias olho para as notícias com o ar ansioso que devem ter tido as tropas de Junot quando a 30 de Novembro de 1807 entraram em Lisboa e, dizem as línguas não necessariamente boas, que ficaram a ver lá longe, muito........
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