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Passos Coelho um idiota igual a Sócrates

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20.10.2025

Quero começar por dizer que a palavra “Idiota” tem origem na palavra grega “idiōtēs” (ἰδιώτης), que significa “indivíduo que não participa na vida pública”. Neste sentido, não há dúvida nenhuma que segundo o significado que os gregos davam à palavra, Passos Coelho é um idiōtēs.

A razão pela qual o antigo primeiro-ministro deixou de participar na vida pública, prende-se com a ideia que Fiódor Dostoiévski enunciou no seu livro “O Idiota”. Neste romance, Dostoiévski retrata o Príncipe Míchkin como um homem bom, que por não ter maldade nem segundas intenções nas ações que tomava, acabou por ser tomado por idiota, no sentido moderno do termo. Numa sociedade dominada por gente execrável que vive de enganar o próximo, é perfeitamente natural que um individuo que age de forma séria e que por isso não enriquece de forma ilícita, seja considerado um idiota. Dostoiévski usa o Príncipe Míchkin para contrapor as ideias niilistas, sendo a personagem principal vítima da sua bondade, através do esvaziamento e do esquecimento. Mas no fim, o livro conclui que os verdadeiros idiotas eram os que depreciavam o Príncipe Míchkin e não o próprio.

Depois dos ataques infames de que foi alvo, é natural que Passos Coelho se sinta como o Príncipe Míchkin e que por esse motivo tenha abdicado da atividade política e se tenha tornado um idiōtēs. Durante o tempo em que foi o gestor da insolvência socialista, Passos Coelho foi acusado de ser ladrão, corrupto, racista, incompetente, de odiar os pobres, de ser fraco com os fortes e forte com os fracos, etc. Todos os dias era vilipendiado na praça pública por adeptos de ditaduras assassinas, membros dos governos que levaram o país à insolvência e até por elementos do seu próprio partido, que de forma raivosa o atacavam do ponto de vista político e pessoal. Até José Sócrates, antes de ser preso, se tornou comentador político na RTP, que,........

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