Um caminho realista para a Académica de Coimbra
A Associação Académica de Coimbra/OAF (AAC/OAF) vive um dos momentos mais decisivos da sua história. A campanha eleitoral que culmina nas eleições de 1 de junho será determinante para a definição do seu futuro – e representa uma escolha clara entre responsabilidade e precipitação.
Na sequência de sucessivas imprudências de gestões anteriores, tanto o OAF como a SDUQ estão insolventes. A SDUQ já executa um Plano de Recuperação homologado pelo tribunal. O OAF tem um Plano de Recuperação aprovado pelos credores, mas ainda aguarda homologação judicial, devido a um recurso pendente.
Neste exigente contexto económico-financeiro, é fundamental apresentar um projeto responsável, credível e enraizado na realidade. Exige-se uma liderança que não se esconda atrás de soluções fáceis ou perigosas fantasias.
Com o devido registo de interesses, integro a Lista B – “Seremos de Novo Briosa” –, liderada por Rui Sá Frias, atual vice-presidente financeiro do clube. Apresentamos uma proposta realista e concreta: um plano para três anos, compatível com o mandato, sem comprometer a autonomia da gestão nem contrair nova dívida.
Outrora, as campanhas eleitorais futebolísticas eram marcadas pelas promessas vãs de contratação de jogadores e treinadores-vedetas inatingíveis, suscetíveis de catapultar o imaginário dos sócios para os mais elevados patamares do firmamento. Hoje, a ilusão sofisticou-se: surgem projetos de SAD, envoltos em acordos de confidencialidade, sobre os quais os sócios nada sabem. Não se conhece o nome dos investidores, nem a sua credibilidade, o montante a investir, as contrapartidas, e muito menos as cláusulas dos........
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