Da invasão policial à prisão injusta: falsas acusações (VI)
Este é o sexto episódio referente à história de José, um pai alienado, cujo percurso temos vindo a acompanhar em artigos anteriores aqui publicados: “O dia em que deixei de ver a minha filha (I)” (15 de agosto de 2025), “Cada dia que passa, sinto mais ódio (II)” (22 de agosto de 2025), “Nove anos e meio de afastamento da filha maria (III)” (29 de agosto de 2025), “Ciclos de crise e instabilidade emocional (IV), (06 de setembro de 2025) e “ O silêncio que separa (V)” (12 de setembro de 2025).
Damos continuidade ao relato de José que evidencia de forma clara os efeitos devastadores da alienação parental na vida de um pai. No episódio anterior, descrevemos um dos acontecimentos mais dolorosos da sua história, a saída repentina da sua filha Maria, acompanhada pela mãe e pela avó materna, sem qualquer comunicação prévia. Pouco tempo depois, José foi surpreendido com falsas acusações de violência doméstica apresentadas pela mãe de Maria, acusações que resultaram na aplicação de uma medida cautelar que o afastou da filha. Esse episódio, não desestruturou apenas a vida emocional de José, como também marcou o início de um processo de separação forçada entre pai e filha, em que a criança passou a ser privada do contacto regular e saudável com o pai ou mãe alienado.
José recordou como, após a saída inesperada da filha e as primeiras acusações, o processo de alienação parental se intensificou com uma denúncia falsa, grave e inesperada de violência doméstica e de posse de arma: “Cerca de 3 semanas mais tarde, em que mantive a minha normal vida de trabalho profissional e os cuidados da casa, já que tínhamos diversos animais domésticos, surge em casa, numa manhã, uma “brigada” da GNR, composta de sete elementos e duas viaturas automóvel, dando-me a conhecer um auto judicial de denúncia de violência doméstica e um outro de busca à residência, extensiva ao meu carro e ainda à casa de Lisboa que era dos meus pais, entretanto já falecidos”.
Esta entrada policial inesperada, em plena rotina quotidiana, é vivida por muitos pais vítimas de falsas acusações como um momento de choque e desorganização emocional. O impacto não se resume à vergonha pública ou ao medo imediato, mas estende-se........
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