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Um Objecto Inesperado

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29.09.2025

Em 2017, a União Astronómica Internacional confirmou a passagem do primeiro objecto interstelar (um objecto celeste que não está preso à gravidade do Sol e viaja livremente pelo Espaço, tendo uma velocidade e órbita hiperbólica, ou seja, demasiado elevada; têm origem fora do nosso Sistema Solar, passando apenas uma vez pelo mesmo) pelo Sistema Solar.

Este objecto foi nomeado 1I/Oumuamua, e a sua descoberta foi revolucionária e confusa. As suas características não eram as esperadas pelos cientistas, tendo uma forma alongada, não tinha uma cauda visível (formada devido ao calor do Sol, sendo liberto gelo, gás e poeiras, empurrados para trás do objecto pelo vento e radiação solar) e a sua composição era diferente da dos cometas do Sistema Solar.

Em 2019, o astrónomo amador Gennady Borisov detectou o segundo objecto interstelar, conhecido como 2I/Borisov, sendo as suas características típicas de um cometa.

A 1 de Julho de 20205, o observatório ATLAS, no Chile, descobriu um terceiro objecto interstelar, o 3I/Atlas. A sua maior aproximação ao Sol acontecerá no fim de Outubro e à Terra em Novembro. Têm uma composição única, com dióxido de carbono, níquel e gelo. Este objecto permite estudar, pela primeira vez, o material de outro sistema estelar. Mas este objecto está a gerar alguma polémica.

Avi Loeb é um físico teórico na área da astrofísica e cosmologia e professor universitário na Universidade de Harvard. Quando o primeiro objecto interstelar, 1I/Oumuamua, foi descoberto, e após a sua observação, Loeb argumentou que este objecto acelerou de forma inesperada na sua trajectória, como se tivesse sido impulsionado. É normal haver uma aceleração de um objecto estelar,........

© Observador