Prazer em crise: quando o sexo gera pressão
Talvez não estejamos assim tão diferentes no que toca à sexualidade. Ou talvez este seja um processo lento e difícil. Se há algo que nos gera ambivalência é a sexualidade, os seus meandros e desejos. Por um lado queremos usufruir dela em plenitude, mas, por outro, há medos e preconceitos que nos inibem e condicionam.
Para compreendermos este paradoxo, precisamos de olhar para trás e entender as mudanças que enquanto sociedade temos vivenciado. Estamos numa fase de profundas transformações e isto relaciona-se com vários aspetos da nossa existência, como a relação com os outros ou a vivência da sexualidade.
Sou psicóloga e trabalho diariamente com casais e com os seus antigos e emergentes dilemas, onde a sexualidade tende a ser um elemento preponderante. Trabalhar com pessoas faz-me entregar muito de mim mas também trazer muito delas, o que me leva a profundas reflexões sobre padrões que vou observando. Cada ser é único e diferente mas, por vezes, parecemos ser mais semelhantes que diferentes. Os comportamentos e anseios repetem-se mesmo quando o “ator” muda.
É verdade que a emancipação feminina, o crescente questionamento dos papéis de género e a maior abertura para discutir temas considerados tabu são marcos incontornáveis desta nova era. Mas, sabemos que as mudanças, mesmo que desejadas, tendem a ser difíceis e implicam adaptação.
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Dou........
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