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Construir ou reabilitar: o que se deve fazer?

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04.09.2025

A evolução da construção em Portugal tem sido significativamente diferente da de outros países europeus, particularmente no que diz respeito à sua estrutura produtiva, que pode ser dividida e analisada segundo dois grandes segmentos: construção nova, que se baseia na criação de estruturas a partir do zero; e reabilitação, que consiste na intervenção em estruturas existentes para melhorar o desempenho e/ou alterar a funcionalidade (e.g. obras de alteração, reconstrução ou conservação).

Em Portugal, a reabilitação de edifícios não tem representado mais do que 12 % da produção total da construção, encontrando-se assim cerca de quatro vezes abaixo da média da UE. A limitada expansão deste segmento no país, em particular na habitação, pode ser explicada por motivos como a facilidade de acesso a financiamento para construção nova, a falta de um mercado de arrendamento suficientemente competitivo e o valor social historicamente atribuído à posse de imóveis.

Não obstante, com a maior maturidade do ambiente construído e o aumento da necessidade de adaptar as construções existentes às novas exigências (de conforto, segurança e tecnologia), esta realidade tende a inverter-se.

O segmento da reabilitação em Portugal tem registado, assim, um crescimento cada vez mais significativo, que tenderá a intensificar-se com a degradação dos edifícios – estima-se que mais de 35 % dos edifícios em Portugal precisem de obras no imediato, principalmente os construídos antes de 1990 – e com as políticas públicas de intervenção no parque edificado, ao abrigo de programas municipais e concessão de benefícios fiscais e financeiros para a conservação de edifícios.

A saber, enquanto antes do ano 2000 os estímulos à........

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