Mortágua e Trump, populismo diplomático e cessar-fogo
Mariana Mortágua, felizmente, regressou bem a Portugal. Regressou apesar da detenção previsível por Israel num bloqueio naval normal numa zona de conflito armado. Regressou apesar de um abaixo-assinado a pedir – ironicamente, imagino – a Israel para não a devolver à procedência. Com ou sem petição, Israel não tinha qualquer interesse em deter estes militantes. Os riscos seriam bem diferentes se fossem entregar ajuda à capital do Darfur cercada por milícias genocidas ou em muitos dos outros 61 conflitos armados em curso no Mundo, esses sim com muito pouca visibilidade. De caminho queixaram-se de não lhes ter sido dada água ou comida. A ser assim é uma queixa legítima. Terem sido visitados pela embaixadora portuguesa em Israel, terá ajudado a melhorar a situação e a acelerar a repatriação. Mortágua teve o azar de a sua breve detenção ter sido ofuscada pelos avanços nas negociações para um cessar-fogo em Gaza, de o seu populismo ter sido batido pelo populismo mais poderoso do Presidente Trump.
Mortágua, de caminho, exigiu não apenas o apoio consular devido a qualquer português, mas uma mudança na política externa portuguesa! Acusou o Ministro dos Negócios Estrangeiros de “não ter espinha” por não se ter dobrado à vontade dela. Alguns dos seus apoiantes até terão gritado que Rangel era um fantoche de Israel, aparentemente sem se aperceberem do ridículo de o fazerem dias depois de o governo português ter sido criticado pelo governo israelita por ter reconhecido o Estado da Palestina. Uma opção questionável – sobretudo útil para obter apoio para a eleição de Portugal para o Conselho de Segurança, permitindo a........





















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