Centro popular contra esquerda caviar e populismo de direita
A direita moderada, o PSD foi o claro vencedor da noite eleitoral autárquica, apesar de quase todos os partidos terem declarado algum tipo de vitória. Isso deve ajudar a dar alguma estabilidade à governação. Realmente ninguém tem paciência para mais eleições e vamos ter mais uma em breve. A esquerda moderada continua a ter no PS um grande partido nacional nas autarquias, que ficou a 9 câmaras do PSD. Estas eleições autárquicas mostram que há uma direita e uma esquerda moderada e popular contra a esquerda caviar e o populismo da direita radical, desde que ajam em conformidade com os resultados.
Historicamente a mudança mais interessante parece ser uma divisão menos marcada entre o Norte e o Sul. Esta divisão, grosso modo pelo vale do Tejo, condiciona múltiplos aspetos da vida em Portugal, desde os tempos mais remotos, como mostram Orlando Ribeiro ou José Mattoso. E é uma linha divisória visível na maioria das eleições livres, desde abril de 1975, e tende a atenuar-se apenas nos casos raros de grandes maiorias à esquerda ou direita. Desta vez a divisão atenua-se por via de uma esquerda e direita mais misturadas quer a Norte, quer a Sul, embora o Norte permaneça mais conservador, também na maior resistência à novidade do Chega. Genericamente no Portugal “profundo” parece que muitos não se importam de ter uns populistas desbocados na capital, para chatear no parlamento nacional, mas a grande maioria quer pessoas com juízo para gerir os problemas da terra.
O PSD não só ganhou a maioria das câmaras, como ganhou os cinco concelhos mais populosos. Ou seja, já nem nas grandes cidades há paciência para a esquerda caviar, agora em boa parte reconvertida em esquerda húmus (dando por certo que o dito é árabe). O desastre eleitoral do Bloco também o comprova. O argumento mais popular entre a esquerda caviar-húmus para explicar o mau resultado parece ser que o problema são os eleitores, sobretudo, em Lisboa e no Porto, teriam passado a ser “demasiado” ricos. Mas sem eleitores não se ganha eleições. Também duvido muito que estes imigrantes estrangeiros com dinheiro sejam todos de direita, ou votem em quantidade nas eleições portuguesas, mesmo quando podem.
Os crescentes problemas eleitorais da esquerda na Europa (ou nos EUA) têm........





















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