A urgência de ter uma polícia
Primeiro foram os ardinas… e as peixeiras… e todos os pregões que se costumavam ouvir em Lisboa.
Mais tarde os amoladores, que ainda muito raramente se fazem ouvir nas vésperas de dia de chuva, com a sua gaita de assobio a anunciar que o mau tempo aí vem.
Mas agora, ao longo dos últimos dez anos, quem desapareceu foi a polícia.
Não há um polícia nas ruas de Lisboa!
Aquela figura de respeito de que me lembro ainda de cumprimentar, a quem nos dirigíamos quando precisávamos de alguma informação, que nos impunha o seu respeito de autoridade para que não invertêssemos a marcha onde não era permitido, enfim, a imagem de que alguém estava sempre perto para garantir que tudo vai correr bem.
E tudo isto acontecia quando éramos só nós, os portugueses, sossegados, gente que faz revoluções sem guerra, educados e, ainda que algo tristes, também felizes com o nosso........
© Observador
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