Entre a Deriva Republicana e a Memória da Coroa
Como monárquico convicto no seio de uma república parlamentar cada vez mais esvaziada de sentido institucional, almejo um Portugal com instituições sólidas, credíveis e impregnadas de autoridade moral; dinâmicas na resposta aos desafios dos tempos e resilientes face às derivas sectárias que minam o nosso tecido social.
Acredito num Estado em que o serviço público se exerça com elevação, com desinteresse pessoal, e com fidelidade aos mais altos desígnios da Nação — e não como palco de vaidades, selfies e jogos de influência partidária, como tristemente se tornou a Presidência da República. Uma magistratura outrora símbolo da unidade nacional, hoje reduzida a teia de interesses e culto narcísico da imagem.
Tenho por certo que o Portugal de hoje, arruinado nas suas instituições e deprimido na sua alma, não corresponde ao verdadeiro génio do povo português. Esta dissonância entre o potencial imenso da nossa cultura e a mediocridade reinante constitui, para quem como eu sonha com........
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