A ameaça que vem do Oriente
A Europa vive dividida entre a vontade de uma unidade política com inúmeras fissuras e os desafios geopolíticos colocados por uma ordem internacional em reconfiguração. Três eventos recentes marcam essa desorientação: a cimeira UE-China de 24 de Julho, a reunião da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) em 31 de Agosto e a parada militar em Pequim no chamado dia de Vitória.
Indecisa quanto à posição a tomar sobre o evoluir da guerra na Ucrânia, a Europa tem dificuldade em encontrar a postura mais ajustada no relacionamento com o gigante chinês.
Durante décadas a Europa olhou para a China como o “bom aluno” do mercado livre canalizando biliões de euros para o seu mercado interno, em ajudas ao investimento, à investigação e desenvolvimento, à promoção do estado de direito. Não percebeu que essa ajuda não tem retribuição e que Pequim olha para os seus interesses no mundo de uma forma fria e muito calculista.
Este país mudou........
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