Até ao infinito e mais além
A Dr.ª Alexandra Leitão, candidata da frente de esquerda à Câmara de Lisboa, lançou um número: 4500, o número, diz, é o número de fogos “municipais” que irá construir, deduzo que nos 4 anos de “mandato”. Ora vamoláver, comecemos por perguntas porque 4500 e não 4499 ou mesmo 4501? Alguém tem algum número exacto das casas em falta? E qual a percentagem da demanda que pretende resolver? E se são para comprar ou arrendar? E onde vai arranjar terrenos urbanos, dentro do concelho de Lisboa? (assumindo que não irá contar com os concelhos limítrofes) Falemos de números, também. Há muitos estudos que explicam que se queremos garantir relações saudáveis entre habitantes os prédios deverão ter, no máximo, 8 pisos, com dois fogos por piso. Ou seja, para os 4500 fogos são necessários qualquer coisa como 282 prédios.
Por princípio sou contra “bairros sociais”, bombas relógio em potência. A habitação “social” deve ser, como escrevi em tempo, introduzida na urbe em doses homeopáticas, integradoras. Assumindo que, no máximo se agrupam em conjuntos de 3 prédios iguais, irão ser produzidos 94 “conjuntos”. Assumindo que se “dá” 2 conjuntos por equipa projectista, precisamos de cerca de 50 gabinetes de projecto. Mas antes do projecto vamos considerar lotes de 400 m2 (com boa vontade) são necessários 112 000 m2 urbanos. 11 hectares, é obra, aqui na ambivalência do termo. Para lançar os concursos para a escolha dos projectistas, serão precisos 6 meses,........
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