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A magia do Arco-Íris 

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27.11.2025

Estava em casa a trabalhar com o meu laptop, num final de tarde chuvoso e um tanto inóspito, e eis que, vindo de parte nenhuma, o vi, silencioso e magnífico, ali mesmo à minha frente: o Arco-Íris!

Estremeço sempre que isto me sucede: aquela melodia de cores atmosféricas, todas ordenadamente ao lado umas das outras, maravilha-me e intimida-me ao mesmo tempo: a minha tensão arterial sobe de repente, e invariavelmente digo, espantado, «UAU! FANTÁSTICO!» : diante deste incrível espetáculo, é tudo o que consigo expressar.

Também como é costume acontecer, uns escassos minutos depois veio a verificar-se o seu apagamento e partida para outras paragens, confirmando deste modo a ideia de que é por natureza, e paradoxalmente, um ente discreto que não tem culpa de ser assim luminoso e bem parecido.

É verdade que da minha janela se tem um horizonte desimpedido, e que isso contribui para que o Arco me visite com alguma frequência, em profundo contraste com o que sucede a uma pessoa minha conhecida cuja única vista é a de um prédio-torre que ocupa todo o espaço à sua frente; e ela queixa-se ainda e sempre desse seu infortúnio que já dura há anos, desde que teve de mudar de casa por causa de uma aumentada renda que o senhorio e proprietário impusera como condição para renovação do contrato do apartamento que........

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