A responsabilidade política é sempre dos outros
É tristemente irónico que a tragédia do Elevador da Glória, com o colapso fatal de um sistema com mais de 100 anos, sem redundância, e com o presidente do Conselho de Administração da Carris a prontamente assegurar que o protocolo de manutenção foi “escrupulosamente cumprido” se tenha verificado precisamente na cidade que gasta milhões com a Web Summit e que ambiciona ser capital dos “unicórnios”. As sucessivas tentativas de desresponsabilização num contexto político-económico caracterizado pelo rentismo generalizado fazem ecoar na mente de quem os conhece os alertas de Ayn Rand a este respeito. Mas é na responsabilidade política pelo sucedido que importa por agora concentrar a atenção.
Em 2021, perante o erro grave dos serviços da Câmara de Lisboa que enviaram os dados de activistas ucranianos para a Embaixada da Rússia, Carlos Moedas não hesitou em exigir que o então Presidente Fernando Medina assumisse as suas responsabilidades políticas e se demitisse: “Eu continuo a pedir a demissão de Fernando Medina porque nós na política temos que, de uma vez por todas, ter uma atitude diferente. (…) Vai de certeza abrir um inquérito ou uma auditoria, típico da governação da cidade de Fernando Medina, que não vai dar em nada. Isto é um erro técnico, mas com consequências políticas e no passado muitos políticos, incluindo alguns do PS, quando houve erros técnicos, erros graves, demitiram-se. É bom que Fernando Medina se lembre desses políticos que se demitiram e........





















Toi Staff
Gideon Levy
Tarik Cyril Amar
Stefano Lusa
Mort Laitner
Robert Sarner
Mark Travers Ph.d
Andrew Silow-Carroll
Constantin Von Hoffmeister
Ellen Ginsberg Simon