É muito mais fácil destruir que construir. Até com a amizade é assim. Pode ser preciso uma vida inteira para a formar, mas basta um segundo, o tempo que leva a perder a confiança, e não há volta a dar. Que é mais fácil destruir que construir torna-se num dos grandes dilemas da vida quando alguém percebe que não tem nada a ganhar e decide deitar tudo abaixo.

Daqui a dois meses e meio vamos escolher o novo presidente da República. Pela primeira vez em quarenta anos, a corrida pode ser entusiasmante porque não há um vencedor antecipado. Porém, e à semelhança do que acontece em qualquer competição, não basta a incerteza, mas também a qualidade da corrida. Na Fórmula 1, por exemplo, queremos saber se houve várias ultrapassagens e mudanças na liderança. Desejamos assistir a recuperações extraordinárias ou ter o privilégio de presenciar uma condução exímia, ao nível da primeira volta de Senna em Donington Park. Numa corrida política, como as presidenciais, a qualidade dependerá de várias condicionantes: há ou não........

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