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A centenária Margaret Thatcher

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20.10.2025

Sabemos o estado em que se encontrava o Reino Unido quando Margaret Thatcher entrou no número 10 de Downing Street pela primeira vez. Estamos a par do estado em que o país se achava quando saiu pela última. Foi notória a dignidade que mostrou, tanto na vitória do primeiro dia como na derrota do último. Conhecemos o legado, temos noção do contexto da época, consciência das dificuldades e da determinação necessárias que tão bem demonstrou para as ultrapassar. Não ignoramos o seu papel para a derrocada do império comunista soviético, numa aliança assumida com os EUA, mais tácita com o Vaticano. Não ignoramos o seu carácter demonstrado no final da guerra das Falklands, mais precisamente no dia 12 de Outubro de 1982, mais especificamente num almoço no Guildhall depois da parada da vitória, um evento tão cheio que os cônjuges dos políticos não tiveram lugar à mesa e foram convidados para uma bebida após a refeição. Charles Moore conta, no final do primeiro volume da extensa biografia sobre a Dama de Ferro, que Thatcher era a única mulher presente. Após os brindes de circunstância, a que se seguiu o seu discurso, a Primeira-Ministra levantou-se novamente e sugeriu: “Meus senhores, vamos juntar-nos às nossas senhoras?” Na última frase deste longo volume, Moore termina dizendo que aquele deve ter sido o momento mais feliz da sua carreira política. A mulher que os dominou a todos num mundo que era o deles, mas que tomou e viveu como seu.

Mas isto é o que público. O........

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