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Quando a ausência de limites se torna fatal

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25.10.2025

Na tarde de terça-feira, em Vagos, um rapaz de 14 anos disparou sobre a mãe, Susana Gravato, vereadora da Câmara Municipal. A notícia chocou o país, não apenas pela brutalidade do ato, mas porque nos obriga a olhar para algo que teimamos em ignorar: estamos a criar uma geração sem limites, sem consequências, sem noção do que é inaceitável.

Este caso extremo não surgiu do nada. É o culminar de anos de permissividade, de desresponsabilização parental, de uma sociedade que tem medo de dizer “não” às crianças. E as escolas têm sido o palco privilegiado onde este drama se desenrola diariamente, num crescendo que já ninguém consegue controlar.

Basta falar com qualquer professor para perceber a dimensão do problema. As salas de aula tornaram-se campos de batalha onde impera o desrespeito, a agressividade, a total ausência de regras. Os alunos gritam, insultam, ameaçam. E os pais? Muitos deles surgem na escola não para corrigir os filhos, mas para os defender, para culpar os professores, para exigir que se........

© Observador