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A Falsa Promessa Verde

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27.06.2025

Numa época em que questionar a narrativa dominante relativamente à transição energética no setor automóvel tornou-se quase uma heresia, arrisco a escrever este texto em jeito de alerta. Quem faz o alerta não sou eu, mas vários estudos, que têm dificuldades em conseguirem ser notícia nos órgãos de comunicação social mainstream. O alerta é meu e da maior construtora de automóveis mundial, a Toyota.

Assistimos diariamente à pressão mediática e política para a transição energética, e é difícil alguém atrever-se a analisar de forma idónea os dados científicos ao alcance de uma pequena pesquisa nos motores de busca disponíveis a qualquer um. Contudo, começam a aparecer estudos, nomeadamente na Alemanha, e declarações do gigante da indústria automóvel, que revelam uma realidade bem diferente da que nos é vendida diariamente.

Por exemplo, um estudo alemão recente revelou que o Tesla Model 3, que é considerado o símbolo da mobilidade sustentável, pode produzir mais CO2 do que um carro a diesel equivalente quando colocamos na equação todo o ciclo de vida do automóvel. Esta conclusão devia, no mínimo, fazer-nos parar e refletir. Mas, em vez disso, continua a ser totalmente ignorada, não só pelos principais meios de comunicação social, mas, sobretudo, pelos decisores políticos.

A Alemanha, que é por todos reconhecido como sendo um país com rigor científico, e o país natal da segunda maior construtora mundial de automóveis, a Volkswagen, insiste que os carros elétricos podem, na realidade, ser mais poluentes que os veículos convencionais. Não se trata de mera opinião infundada ou de negacionismo climático, mas de análises técnicas que incluem fatores como a produção das baterias, o impacto ambiental da extração do lítio, a origem da eletricidade utilizada para........

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