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O ódio que não ousa dizer o seu nome

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06.07.2025

Na semana passada, escrevi aqui sobre Zohran Mamdani, o candidato dos democratas à câmara de Nova Iorque. Esta semana, Bárbara Reis escreveu no Público sobre a minha crónica. Quer dizer, sei que se trata da minha crónica porque Bárbara Reis a cita de alto a baixo, não porque me identifique enquanto o respectivo autor. Numa interpretação livre das normas básicas do jornalismo, Bárbara Reis apenas se refere, repetidamente e com ligeiras variações, a “um texto de opinião que li no Observador”. Embora desconfie, não consigo garantir os motivos da recusa de Bárbara Reis em nomear-me. Por mim, nomeio-a sem qualquer problema: Bárbara Reis, Bárbara Reis, Bárbara Reis. Quem é Bárbara Reis? Não faço ideia.

Dado que o meu conhecimento da senhora se limita ao artigo em questão, consigo discernir que Bárbara Reis aprecia o sr. Mamdani, muçulmano, filho de pais abonados e, suponho que à semelhança de Bárbara Reis, preponente da tese de que Israel está a cometer “genocídio” em Gaza. Para despachar o assunto, obviamente Israel não está a cometer genocídio nenhum, já que o termo, por muito que o estiquem, não se aplica a uma população que, nos últimos 25 anos, aumentou 118%. O resto do artigo de Bárbara Reis é uma divertida e confusa tentativa de contrariar o meu e demonstrar que, afinal, o sr. Mamdani é uma jóia de moço.

Não tenciono sujeitar os leitores a um suplício, pelo que serei breve na apreciação dos, digamos, argumentos de Bárbara Reis. Bárbara Reis declara que “a opinião precisa de factos”, que “deturpar ou inventar factos não vale”, e que “interpretar os factos é um dos........

© Observador