menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

Nem todos somos Charlie

6 19
14.09.2025

Para os que não conheciam Charlie Kirk, há um vídeo que resume o que ele fazia: debater, trocar argumentos, incluindo com quem não tem argumento nenhum. O vídeo, filmado tipicamente num “campus” universitário, numa das sessões a que ele chamava “Prove Me Wrong” e nas quais conversava com voluntários, começa com o interlocutor a saudar Charlie Kirk: “Fuck you! I hate you!” (tradução livre: “Boa tarde, como estás? Tenho um enorme gosto em conhecer-te!”). Charlie Kirk responde: “Quer ter uma conversa com conteúdo?”. O interlocutor, um jovem com camisa de flanela, jeans e rabo de cavalo, aceita: “No, man. I just think you’re a fucking asshole!” (tradução exacta: “Claro que sim. Será um prazer.”) Charlie Kirk, calmo, insiste: “Quer conversar comigo?” O jovem, irado: “Certo. Não gosto de ti. Espalhas ódio. Espalhas preconceito. Não queres debater, só vens aqui para motivar os teus seguidores racistas.” Charlie Kirk, calmíssimo: “O que é que eu alguma vez disse de racista?” O jovem, impaciente: “Oh…” Charlie Kirk: “Pode citar alguma coisa?” [Nisto, um espectador intervém: “Sou hispânico e apoio o Charlie!”] Charlie Kirk, para lá de calmo: “O que é que eu alguma vez disse de odioso?” O jovem, descontrolado: “I fucking hate you! És horrível! Sai do meu ‘campus’!”, após o que vira as costas e vai embora. Charlie Kirk, quase em modo “zen”: “O que é que eu alguma vez disse de odioso? Tem um bom dia!” E acrescentou, a sorrir: “Pessoal, eis a esquerda americana!”

De facto. O jovem de flanela, sem culpa da flanela, é a........

© Observador