“Palestinianismo”, essa doença infantil
O “wokismo” está em queda desde há dois ou três anos. O primeiro prego no caixão foram os severos prejuízos das empresas que apostaram nas maravilhas da “inclusão” e julgaram que insultar dois terços do público era uma hábil estratégia comercial. O segundo prego, praticamente um rebite, foi o regresso de Donald Trump à Casa Branca, tragédia que levou incontáveis derrotados a gritar terapeuticamente para o mar, para o TikTok ou para o psiquiatra. De desfeita em desfeita, a coisa murchou. Começa a tornar-se difícil encontrar um sujeito que fale em “pessoas que menstruam” sem se rir ou sem que riam dele. As “reparações” parecem ruínas de um passado quase tão remoto quanto os absurdos “motivos” das próprias “reparações”. E o respeito pela susceptibilidade de criaturas “micro-agredidas” sumiu em parte incerta. Episódios como o dos jeans/genes da modelo Sidney Sweeney são, desconfio, o estertor de um culto esgotado.
Sucede que o culto, a que podemos chamar esquerda, é perito a esgotar-se e a ressurgir sob novas formas, ao estilo dos percevejos e salamandras. Há décadas que a derrocada da luta de classes força a esquerda a consumir-se e a renascer sem parança, em busca de trafulhices fresquinhas. Não é tarefa simples. Arranjar alternativas à arcaica defesa dos trabalhadores dá um trabalhão. Felizmente, o trabalho dá frutos:........
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