Desmoralizar a imigração (2.ª parte)
Na última edição desta coluna lancei a seguinte ideia: em abstrato, a imigração não é boa nem é má — não deve sequer ser objeto de uma posição moral. Depende, sim, da forma como ocorre e das circunstâncias específicas de cada país.
No caso dos EUA, ajudou a transformar o país naquilo que é: a maior superpotência do mundo. Os EUA foram construídos por imigrantes e continuaram a atrair todo o tipo de imigrantes: os pouco qualificados, em busca do sonho americano e fundamentais para assegurar que o país funcionava; e os altamente qualificados, de Einstein a Nikola Tesla, que contribuíram com ciência e inovação de ponta de que ainda hoje o mundo beneficia.
No caso de Portugal, decorreu de uma necessidade. A indústria recorre abundantemente a imigrantes. Esta situação não é, aliás, um exclusivo da indústria. Hotelaria, restauração, agricultura e sobretudo a construção, todos se queixam do mesmo: uma enorme........
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