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Que mal fizemos? É tudo alemão!!!

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25.03.2025

Antecipar uma crescente influência alemã na política europeia tem causado, recentemente, um evidente mal-estar nas mais altas esferas de Bruxelas e no Parlamento Europeu.

É certo que a Alemanha é, demograficamente, o maior Estado-membro da União Europeia. Dos 450 milhões de cidadãos da UE, os alemães, com quase 85 milhões, correspondem a 19%. Apesar da recessão económica que atravessa, a República Federal Alemã é, de longe, a maior potência económica do nosso Continente. E com a exceção de Jacques Delors, foram e são alemães algumas das figuras políticas que mais influenciaram os destinos da Europa, tal como a conhecemos hoje: Konrad Adenauer, Willy Brandt, Helmut Schmidt, Helmut Kohl e Angela Merkel. Como todos os humanos com sucessos e fracassos, como é o caso de Merkel na dependência energética da Rússia ou no escancarar das portas à imigração.

Não admira pois que, fruto dessas dimensões em termos de população e da sua projeção económica, aliadas às qualidades de alguns dos seus líderes, a Alemanha tenha assumido, quase que naturalmente, uma posição de liderança no panorama europeu, muitas vezes partilhando esse mesmo poder com a França, ou enfrentando o contraponto da Grã-Bretanha, com Margaret Thatcher por exemplo.

E esse ‘domínio’ era ‘aceite’ pela generalidade dos Estados Membros porque havia, da parte dessas fortes personalidades, o ‘cuidado’ de zelar para que as legítimas ambições e expectativas dos parceiros menos representativos em termos populacionais ou económicos, fossem tidas em conta e satisfeitas em função do........

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