A Europa foi forçada a enfrentar a realidade da sua insignificância! Há um mês prometia combater as tarifas americanas, sugeria a sua própria guerra comercial com a China e prometia alargar as sanções e a batalha energética com a Rússia. ‘Valente’ em 3 frentes simultâneas!

Um mês depois, assiste em silêncio ao ‘raspanete’ do vice-Presidente J. D. Vance em Munique, suplica para estar à mesa com os ‘crescidos’ quando estes se sentarem para, finalmente, discutirem a paz na Ucrânia. E verifica, incrédula, que a nova Casa Branca ignora olimpicamente as Instituições Europeias: o Presidente do Conselho Europeu e a Presidente da Comissão Europeia têm de se ‘contentar’ em receber em Bruxelas o Enviado Especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia. Nem um Membro do Governo!

É a hora de acordar para a realidade!

A Europa viveu as últimas décadas autoproclamando uma superioridade moral e um primado da democracia que se desmoronaram com a vergonhosa anulação das eleições presidenciais na Roménia. JD Vance começou por aí, para mostrar aos parceiros europeus que não tinham lições a dar além-Atlântico. Sobre a economia e a competitividade europeia estamos conversados: os números não permitem esconder a realidade, por isso tentam aliciar as opiniões públicas europeias contra as tarifas de Trump, ao mesmo tempo que aplicam à China as mesmas tarifas que criticam a Washington. Coerências… E nesta conjuntura a demagogia leva um dos poucos governos socialistas que restam, o espanhol, a propor instituir a semana de quatro dias de trabalho!

Mas o tema que a todos preocupa é a segurança e a defesa. Com vizinhos tiranos e ditadores, com indisfarçadas tentações expansionistas, a única forma de garantir a nossa independência, liberdade e modelo social, é através dum poderio militar dissuasor de qualquer veleidade imperialista. O Kremlin, e Putin en particular, só compreendem uma linguagem: a da FORÇA! Não que a Europa tenha qualquer tentação bélica........

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