Índia, Paquistão, Diplomacia e Guerra
Na semana passada, eclodiram confrontos entre o Paquistão e a Índia depois de um grupo militante – supostamente apoiado pelo Paquistão – ter atacado uma zona de Caxemira controlada pela Índia. Este tipo de situações é comum, especialmente entre rivais históricos que partilham uma fronteira, mas a natureza deste conflito em particular ilustra as recentes mudanças na forma como a diplomacia e as forças armadas operam.
A resposta “normal” a um massacre de indianos por uma força originária do Paquistão teria resultado na concentração de tropas de ambos os lados da fronteira, seguida de pequenos confrontos levados a cabo por pequenas unidades de infantaria. A artilharia ligeira poderia ter sido acrescentada à mistura, e é possível que mais forças tivessem sido destacadas a alguma distância atrás da fronteira, cuja dimensão transmitiria a ameaça potencial.
Um processo como este é uma dimensão essencial da diplomacia. Um confronto fronteiriço sugere a possibilidade de um ataque maior se a diplomacia falhar. É um instrumento que os diplomatas utilizam para convencer o outro lado de que o seu país não foi intimidado e que a incapacidade de resolver a questão diplomaticamente pode levar à guerra. A gravidade do conflito fronteiriço e o número de soldados enviados para a retaguarda permitem inferir se se trata de uma ameaça séria ou de um gesto vazio. É um ritual que por vezes conduz a uma solução, por vezes conduz à........
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