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O Matuto e a Tatuagem

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24.06.2025

O Matuto tem uma paixão por aviões. Dois anos na Força Aérea Portuguesa, onde fingiu ser mecânico aeronáutico, deixaram vestígios. Ora, o Matuto sabe de fonte segura que no geral todo o homem tem uma ligeira admiração por aeromoças (hospedeiras, em Portugal, por favor). Digamos, um suave deslumbramento.

Vem isto a propósito dum livro de Pedro Boucherie, “A Década Prodigiosa – Crescer em Portugal nos anos Oitenta”, onde se desnuda a alma da sociedade Portuguesa, dos anos oitenta, numa análise antropológica certeira (na opinião do Matuto, está bem de ver). A páginas tantas Boucherie escreve o seguinte sobre o pessoal da TAP: “os funcionários da TAP foram durante anos os grandes instigadores de modernidade em Portugal, trazendo encomendas para familiares e amigos, abastecendo os felizardos de produtos comprados em lojas francas, biquínis do Brasil, discos de Londres e Nova Iorque, whisky e cigarros e tudo o que lhes fosse encomendado, incluindo remédios, próteses ou outros bens relacionados com a saúde. Os que viajassem com regularidade eram os novos mercadores, pois uma coisa era ir a Espanha, outra era poder ter uns óculos Ray-Ban ou um par de Levi’s vindos diretamente dos Estados Unidos”. Depois Boucherie menciona as ‘hospedeiras’: “Quantas........

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