O encontro onde tudo se decidiu não foi em Bruxelas nem em Washington. Foi num campo de golfe de Donald Trump, na Escócia. E esse detalhe é mais do que uma curiosidade: mostra quem dita as condições.

Os termos anunciados representam um diktat difícil de engolir para a Europa. Em troca de evitar tarifas ainda mais altas, Bruxelas aceitou que os EUA fixassem tarifas de 15% sobre a maioria das exportações europeias.

A Comissão Europeia procurou apresentar o acordo como um ‘compromisso equilibrado’ e que traz ‘previsibilidade’. De facto, evitou-se uma tarifa de 30%. E com exclusões de sectores-chave como aeronaves, produtos farmacêuticos e semicondutores. Mas esse enquadramento não exclui o facto de que a Europa aceitou tarifas novas sem aplicar quaisquer medidas simétricas. E aceitou prometer investimentos e compras de energia, cujos termos permanecem vagos e economicamente questionáveis. Ainda assim, foram politicamente úteis a Trump, que pôde clamar vitória doméstica mostrando a UE a........

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