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A enganosa “transição energética” da China

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Para os entusiasmados defensores da descarbonização da economia mundial e de palavras de ordem enganosas como “transição energética”, a China tem sido apontada como um caso de expansão rápida das chamadas energias “limpas”, em especial, as fontes eólicas e solares.

De fato, a China tem expandido rapidamente a geração de eletricidade com fazendas eólicas e solares e domina o mercado mundial de equipamentos e matérias-primas para ambos os segmentos. Entretanto, ao mesmo tempo, tem ampliado a disponibilidade da sua principal fonte geradora, as usinas termelétricas a carvão, como mostram os dados.

Em 2010, segundo diversas fontes, as usinas termelétricas a carvão tinham uma capacidade instalada aproximada de 700 gigawatts (GW), contra 30 GW de eólicas e apenas 0,2 GW de fazendas solares fotovoltaicas. No final de 2024, as eólicas e solares saltaram, respectivamente, para 521 GW e 887 GW, enquanto as termelétricas a carvão apenas duplicaram a sua capacidade, para 1400 GW. Em tese, as fontes “limpas” favoritas dos ambientalistas praticamente se equiparam ao carvão, mas, na prática, a história é outra.

Quando se leva em conta a energia efetivamente produzida, medida em terawatts-hora (TWh), os números estimados para 2025 são: termelétricas a carvão – 6.000 TWh; eólicas – 1.000 TWh; solares – 1.073 TWh.

Ou seja, as........

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