menu_open Columnists
We use cookies to provide some features and experiences in QOSHE

More information  .  Close

Crónicas de Lisboa: Descer ao Inferno (Hospitalar) para Salvar a Vida

8 33
monday

Sou um adepto indefetível da atividade física, pelos benefícios que ela pode trazer à nossa saúde física e emocional. A vida dura, desde tenra idade, não me permitiu praticar desporto de forma regular. Aos 40 anos decidi-me pela corrida e pegou vício, mas num domingo, há quase trinta anos, um EAM pós fim a essa prática: “faça exercício físico, mas que não exija grande esforço”, disse-me o meu cardiologista. E assim passei a fazer, praticando caminhada, natação e ginásio com certos parelhos.

Depois, estando bem, cumpro as recomendações para que as pessoas se mexam, etc, até para combater e prevenir a obesidade que ataca os portugueses, incluindo crianças que, bem cedo, deixam de se mexer, por culpa da Tv e agora dos telemóveis. Mas não menos importante, a má alimentação, baseada em comida “fast food” e muitos refrigerantes muito açucarados. Os danos na saúde são visíveis e com tendência a crescer, assustadoramente, consumindo muitos recursos dum SNS quase esgotado. Além disso, junte-se o tabaco, o álcool, as drogas, os acidentes rodoviários, etc. Ademais, dizem os especialistas, tenderemos a ser obesos, se não lutarmos contra isso.

Um dia destes, era um domingo à tarde, fui ao ginásio que frequento, onde posso fazer uma larga série de exercícios adequados à minha idade e estado de saúde, mas optei por subir à piscina para fazer umas braçadas e outros exercícios dentro de água. Inadvertidamente, acabei por bater com a cabeça no final da pista da natação. Senti o impacto e as dores que logo emergiram. Fiquei assustado, porque pancadas na cabeças, seja de que tipo forem, devem ser tidas em conta. As dores eram suportáveis e, com a ajuda dum comprimido, consegui dormir.

Contudo, de manhã, senti que as dores permaneciam e, pensando nas recomendações médicas para este tipo de “pancadas”, decidi ir à urgência do maior hospital de Lisboa e do país. Na sala da receção para registo, havia muita gente a aguardar a chamada, com as ambulâncias ou bombeiros a terem prioridade de registo e acesso à triagem. Ali, foi-me atribuída a pulseira amarela (noutras situações fui “premiado” com pulseira laranja - mau sinal), e fui encaminhado para........

© diariOnline