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O sorriso que esconde a distância

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28.09.2025

 


 

15 de setembro. As ruas voltaram a encher-se de passos apressados, de mochilas que oscilam no compasso da ansiedade, de vozes infantis que se cruzam com buzinas impacientes.

Para uns, é o primeiro dia. Crianças que atravessam um portão desconhecido com a mão suada colada à de quem as acompanha. O coração bate rápido, os olhos percorrem paredes que parecem gigantes, corredores que se estendem como labirintos, vozes que ainda não têm nome.

Para outros, é apenas a continuação de uma caminhada que já começou antes. Voltam ao espaço familiar, sabem onde fica a janela por onde o sol entra de manhã. Mas mesmo na familiaridade há novidade: novos colegas, novos conteúdos, novos objetivos. Há sempre ansiedade, porque nenhum setembro é igual ao anterior. Há sempre uma expectativa silenciosa.

No centro desse ritual está sempre o mesmo momento. A sala espera. Os alunos já estão sentados, uns a falar baixo, outros a olhar fixamente para o vazio, outros a rabiscar........

© Diário do Minho