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Partida, largada, fugida

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Há quem diga, com alguma razão, que Portugal é o país dos projetos. Temos talento, criatividade, capacidade técnica e até resultados encorajadores. O que nos falta, demasiadas vezes, é dar seguimento. Passar do piloto à política de continuidade. Do protótipo à prática. Do teste à transformação. 

O ciclo repete-se: lançamos boas ideias, fixamos objetivos, testamos soluções promissoras, criamos sinergias entre setores e, durante algum tempo, parece que tudo vai acontecer. Mas, terminado o financiamento inicial ou chegado o momento de escalar, institucionalizar ou replicar, a energia esgota-se, a ideia esvai-se. E o projeto, que prometia tanto, acaba esquecido e, por vezes, completamente abandonado. 

É caso para evocar uma rima infantil muito antiga: Partida, largada, fugida. Uma descrição quase literal do que tantas vezes se passa com muitos projetos-piloto em Portugal. Começa-se com entusiasmo — há arranque, diagnósticos bem feitos, metas ambiciosas, até alguma........

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