Mulheres negras em situação de vulnerabilidade lideram domicílios
Cristina Lopes — mestre em desenvolvimento regional sustentável, diretora executiva do Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (Cedra); Marcelo Tragtenberg — professor do Departamento de Física da UFSC, integrante do Conselho Deliberativo do (Cedra)
As desigualdades sociais no Brasil são múltiplas e cumulativas. Seus efeitos perversos prejudicam o cotidiano de milhões de cidadãos. Entretanto, há um grupo que é o mais afetado — as mulheres negras. E isso acontece como consequência do racismo e do machismo que estruturam a nossa sociedade desde a sua fundação. As famílias cujo principal responsável são as mulheres negras devem estar no centro das agendas de políticas públicas que almejam, de fato, reduzir as desigualdades neste país.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Os homens eram maioria (64,2%) entre os responsáveis por domicílio em 2012. Já em 2023, as mulheres passaram a ser maioria (51,8%), sendo que as mulheres negras passaram a ser o maior grupo (29,6%), com aumento de 10,8 pontos percentuais (p.p.) no período. As mulheres brancas (21,4%) aumentaram 4,7 p.p., os homens brancos (20,6%) diminuíram 10,1 e os negros (27,0%), 6 pontos percentuais. Esse levantamento faz parte de uma análise inédita e........
© Correio Braziliense
