Mirem-se nos exemplos do filósofo do Mondubim
José Natal, Jornalista
José de Arimathea Gomes Cunha, o nosso saudoso Ari Cunha, que nos deixou aos 91 anos de idade, em 2018, com certeza está entre as mais importantes personalidades que integram o simbólico quadro de pioneiros que fizeram parte da construção de Brasília. Vindo do Nordeste, chegou por aqui no comecinho de tudo. Fincou raiz no Planalto Central, fundou um jornal que se transformou na voz da cidade, dela cuidou como se fosse sua, a respeitou como se fosse uma dama e a protegeu como se fosse filha.
Sempre nas datas que lembram o aniversário de Brasília, uma avalanche de pseudopioneiros se arvoram em citar momentos que sequer viveram, e alguns deles nem da cidade gostam. Dizer-se pioneiro não basta, tem que ter passado. Tem que ter referências, fatos da história pra contar. Recorrer ao Google não vale, o DNA da história é o documento.
Com o devido respeito a tantos que nessa exigência se encaixam, é difícil não dar ao jornalista a honraria de estar entre os primeiros na fila. A primeira edição do Correio Braziliense nasceu em 21 de abril de 1960. E já na página 11 do segundo caderno, da edição de número 22, do dia 15 de maio do mesmo ano, estava lá a coluna Visto, Lido e Ouvido, assinada por Ari Cunha. Durante meio século e mais oito anos de vida, a coluna se transformou........
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