Vivemos uma epidemia de feminicídios. E precisamos enfrentá-la
Há alguns dias, uma cena de terror chocou o Brasil. Uma mulher foi atropelada pelo ex-namorado que, não satisfeito, a arrastou por um quilômetro em plena Marginal do Tietê, uma das vias mais movimentadas de São Paulo. Espalharam-se pelas redes sociais vídeos produzidos por motoristas que passavam pelo local e tentavam alertar o agressor de que a vítima estava presa ao carro em movimento. Mas ele não reagia, apenas seguia acelerando, para o desespero de todos.
O motorista do carro era Douglas Alves da Silva, de 26 anos, ex-namorado da vítima, Tainara Souza, 31. O motivo do ataque? Ele a teria visto acompanhada de outro homem em um bar. Douglas fugiu, mas acabou preso no dia seguinte, acusado de tentativa de feminicídio. Tainara, que é mãe de dois filhos, teve as duas pernas amputadas e passou por três cirurgias no Hospital das Clínicas. Segundo familiares, ela está se recuperando, mas segue internada em estado grave.
Esse não é um caso isolado. O episódio se soma a uma série de outras histórias da violência de homens contra mulheres. Uma epidemia que tomou conta não só de São Paulo, mas de todo o Brasil. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública registraram 1.492 casos de feminicídio em 2024. É o maior número desde o reconhecimento, em 2015, desse tipo de crime, no qual a vítima perde a vida por sua condição de gênero. Ou seja, pelo........





















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