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Quando o mundo muda, a imprensa olha pro lado

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A Cúpula dos BRICS realizada no Rio de Janeiro representa mais do que um encontro entre chefes de Estado: é parte de um processo de reorganização do poder mundial, com crescimento do Sul Global, avanço de projetos de desdolarização e construção de uma nova arquitetura financeira internacional.

Mas os principais grupos de mídia do Brasil — Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e CNN Brasil — adotaram uma cobertura marcada pela desinformação, pelo preconceito ideológico e pelo viés pró-Ocidente. Manchetes destacaram ausências pontuais (como a do presidente chinês) enquanto ocultaram que os BRICS já respondem por mais de 44% do PIB global em paridade de poder de compra e 56% da população mundial, superando o G7 (dados do FMI, 2024). Ignorar isso em favor de relatos sobre “ausências” é sinal de censura editorial.

Em vez de informar sobre o papel crescente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), sediado em Xangai e atualmente presidido pela ex-presidenta Dilma Rousseff, a imprensa preferiu ironizar protocolos diplomáticos e levantar suspeitas quanto à “efetividade” do grupo. O NDB já financiou mais de US$ 33 bilhões em........

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