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O coração ainda bate mais forte do que o Excel

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Os últimos tempos têm sido marcados por televisores em loop. Com enormes diferenças entre si, é certo. Nalguns casos, essas imagens repetidas mostram a grandeza de um clube. Noutros, expõem a pequenez de quem toma determinadas ações.

A primeira volta das eleições do Benfica mostrou o que é um clube vivo, forte e vibrante. Foram dezenas de milhares os sócios que participaram, transformando este ato eleitoral no mais participado da história de um clube desportivo a nível mundial. Uma demonstração de vitalidade, de pertença e de fé coletiva, contrariando o que vai acontecendo no futebol moderno, onde muitos clubes perdem identidade e passam a ser posse de empresas, milionários ou fundos soberanos.

Se foi um ato eleitoral altamente participado, foi também amplamente acompanhado. Durante dias, os órgãos de comunicação social repetiram imagens, diretos, declarações, filas intermináveis, votos e emoções. Um verdadeiro loop mediático, mas com sentido. Porque, ao contrário de outros loops que servem apenas para pressionar árbitros, este serviu para mostrar o que o Benfica tem de maior: o seu povo.

Rui Costa e Noronha Lopes passaram à segunda volta. Se a passagem dos dois não surpreendeu, o resultado de cada um surpreendeu alguns. Havia quem acreditasse na vitória imediata de Noronha Lopes, havia até quem vaticinasse um triunfo esmagador. Esqueceram-se de que o Benfica não é apenas uma empresa e de que o que está em disputa não é o........

© A Bola