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O homem mais perigoso do mundo quer ganhar o Nobel da Paz...

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No final de 2019, numa sala lotada do Comité Olímpico de Portugal, assisti àquela que foi uma das últimas intervenções públicas de Adriano Moreira. A abrir um dia de debates, organizado pelo saudoso José Manuel Constantino, sobre Migrações, Desporto e Religiões – um tema agora ainda mais atual –, o velho professor de Ciência Política e Relações Internacionais, então já com 97 anos, aproveitou todo o seu conhecimento e a sua intuição para traçar um retrato dos problemas e riscos que pairavam sobre o mundo. Fê-lo numa época em que ainda ninguém imaginava que, poucas semanas depois, um coronavírus desconhecido iria paralisar meio planeta, e que, após nos livrarmos da pandemia, entraríamos numa espécie de regresso a um passado que já pensávamos ultrapassado, com múltiplas guerras, intensa polarização política, declínio democrático, limitação das liberdades e um ambiente geral que parece só estar à espera de um fósforo incauto para fazer tudo explodir. Mas antes de isto começar a ser visível, já Adriano Moreira tinha então identificado o risco principal que se encontrava à espreita. E sintetizou-o numa frase: “A maior ameaça atual ao mundo é a incultura e a........

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