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O fim da deflação da picanha e a política do preço da comida em alta

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25.10.2024

A inflação anual da picanha foi quase sempre negativa de janeiro de 2023 até setembro deste 2024. Isto é, o preço do corte de carne mais politizado do Brasil caía, se considerada a variação em 12 meses. Em abril, a picanha estava em média 11% mais barata do que no abril de 2023. A baixas pelo menos compensava parte dos aumentos pavorosos de 2021 (com altas anuais de mais de 30%).

O preço médio das carnes agora aumenta ao ritmo de 5,1% ao ano, na medida do IPCA-15 do IBGE (o da picanha, 4,1%). Contribuiu para o aumento da inflação dos alimentos que a gente leva para a casa, que agora está em 7% ao ano, na medida do mesmo IPCA-15, divulgado nesta quinta-feira (24), que mede a inflação média entre meados de um mês e meados do mês seguinte, outubro, neste caso. No ano passado, o preço médio da comida caíra 0,52%. E daí?

Inflação de alimentos a 6% ao ano costuma incomodar a opinião pública. Quando chega aos 10%, há irritação geral, com impacto na popularidade do governo.

A inflação geral média está em 4,5% ao ano, até baixa, para padrões brasileiros, mas no limite da meta que o Banco Central deve cumprir. Não há sinal de preços........

© UOL


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