O pachequismo de um jornalista brasileiro em Wimbledon
Paulo Vieira, do Jornalistas que Correm, fala tudo sobre corrida –mesmo aquilo que você não deveria saber
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O desempenho dos times brasileiros na Copa do Mundo de Clubes da Fifa tem servido de música incidental para uma discussão acalorada e muito chata, mas ao mesmo tempo bastante contemporânea, sobre o papel do jornalista esportivo.
Alguns colegas do jornalismo, vá lá, "old school" parecem se sentir na obrigação de afirmar a todo instante sua objetividade –o "Jornalismo Futebol Clube", como diria Roberto Avallone– diante da conduta nada neutra dos que trabalham para perfis do YouTube. Isso para não falar dos profissionais a soldo dos canais oficiais dos clubes, algo que não existia nos tempos do Avallone.
(É bem verdade que sempre existiu o jornalista-torcedor-fanático, constantemente a exacerbar um personagem construído artificialmente, em busca de audiência. O próprio Avallone, que pilotou por tantos anos uma resenha esportiva dominical na TV, sempre se cercou dessas figuras caricatas e, embora perto delas parecesse um sujeito quase blasé, um primor de distanciamento, Avallone era satirizado por supostamente privilegiar seu time do coração nas horas sem fim do programa. "No primeiro bloco, Palmeiras; no segundo bloco, Palmeiras; no terceiro bloco, Palmeiras; no quarto bloco, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos…")
Digo tudo isso porque lembrei-me do meu próprio pachequismo........
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