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Como criticar o discurso xenófobo sem agir de forma colonizada

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Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira conseguiram o que tem sido raro: a crítica unânime. Depois de mergulharem com gosto e de cabeça na vulgaridade de um discurso que soou extremamente xenófobo, estão sendo amassados pela opinião pública. O debate sobre treinadores estrangeiros trabalhando no Brasil não deve ser feito nesses termos. A pergunta central deveria ser: como e por que a qualidade de nossos treinadores caiu tanto na última década? Essa é a chave da discussão. Pegar o microfone e, aos berros, tentar uma reserva de mercado não vai funcionar.

Existe um diagnóstico bastante claro: nossos treinadores perderam capacidade técnica, não se atualizaram, foram substituídos por uma parcela de treinadores de outros países. A partir disso, o que podemos fazer para melhorar?

O debate sobre ter um gringo treinando a seleção também pode ser feito dentro de um campo decente que deixe a xenofobia de fora. Há, inclusive, bons argumentos para rebater até a acusação de xenofobia contra profissionais que vêm de países colonizadores. Poderíamos, com um pouco de maturidade, entrar nessa........

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