O roteiro do fracasso
Professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, é pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap)
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Não se sabe ainda como terminará a guerra de Trump contra a democracia americana. Conseguirá destruí-la ou será derrotado em sua intentona autoritária?
De toda forma, o que já fez bastou para abalar as explicações que os cientistas políticos têm por verdadeiras. Uma delas reza que o sistema democrático seria inabalável em países com renda per capita acima de certo nível. Outro consenso estabelece que o tempo jogaria a favor da estabilidade do regime ao permitir que se enraizassem as instituições políticas que as garantem ou que se disseminassem os valores e atitudes com elas compatíveis. Outro consenso ainda sustenta que modelos democráticos com suficientes regras contramajoritárias facilitariam a oposição a investidas autoritárias, ao bloquear a concentração do poder decisório na Presidência.
Já a bem-sucedida experiência brasileira de resistir a Bolsonaro, contrastando com o que ocorre nos Estados Unidos, começa a alimentar polêmicas sobre o que de fato funciona para conter populistas de extrema-direita. Desse fértil debate é exemplo a coluna do colega cientista político Marcus André Melo, publicada neste espaço na última segunda-feira, 22/09. Aproveito a deixa para opinar.
É fato que, no Brasil, as instituições........
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