Hofstadter: como é que o cérebro pensa?
Diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, ganhador do Prêmio Louis D., do Institut de France
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
benefício do assinante
Você tem 7 acessos por dia para dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.
benefício do assinante
Assinantes podem liberar 7 acessos por dia para conteúdos da Folha.
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
"Gödel, Escher, Bach", publicado em 1979 por Douglas Hofstadter, é um livro extraordinário. Na superfície é um convite a explorar ideias comuns às demonstrações matemáticas de K. Gödel, às gravuras paradoxais de M. C. Escher e às composições musicais de J. S. Bach. Mas seu objetivo profundo é debater como a consciência de nós mesmos se desenvolve em nossos cérebros.
Com bom humor, transitando entre a popularização científica e a meditação filosófica, ele nos leva em viagem pelos mundos da simetria, da matemática, da computação e da música. Por meio de diálogos e histórias com personagens icônicos, apresenta ideias profundas como a de autorreferência —pense na frase "Esta frase é falsa", que fala sobre si mesma— presentes tanto na matemática de Gödel e na arte de Escher quanto na música de Bach. Hofstadter sustenta que tais ideias são cruciais para entender como nosso cérebro funciona.
A minha personagem favorita é tia Hilary ("ela insiste em ser chamada de tia, mesmo não tendo sobrinhos!"), uma colônia de formigas cujo melhor amigo é o Tatu. São formigas normais, com inteligência rudimentar e pavor do Tatu (ele se alimenta delas!). Mas tia Hilary é bem diferente, brilhante e expansiva. Ainda mais na presença do Tatu: o pânico das formigas é como a........
© UOL
